domingo, 26 de fevereiro de 2017

Verdades

"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." (Filipenses 2.5)
O serviço para Deus, o domínio de Jesus Cristo em nossa vida abriga em si o elemento da plenitude do Espírito. Em Hebreus 9, lemos que o Senhor Jesus Cristo se sacrificou a Deus pelo Espírito eterno e não por meio de algo como sentimentalismo emocional. Por isso, Paulo também diz de maneira bem clara: "Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito." Quão poucos crentes aprenderam a servir ao Senhor em espírito! A maioria ainda age emocionalmente. Filhos de Deus sentimentais nunca serão nem permanecerão íntegros interiormente.
Um outro elemento do senhorio de Jesus Cristo em sua vida é a sublime tranqüilidade interior. Só aquele que serve ao Deus vivo entrou no descanso interior, pois Jesus Cristo reina nele. É o descanso do Senhor que diz: "Vinde a mim... eu vos aliviarei." Essa é a tranqüilidade experimentada por alguém como Paulo que testemunha em meio a um terrível temporal, quando o navio em que ele se encontrava ameaçava afundar: "Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem sou e a quem sirvo, esteve comigo." Servir a Jesus significa ter a mesma motivação que Ele teve. Tal pessoa é honrada pelo Pai na mesma medida que o próprio Senhor Jesus foi honrado. Isso Ele nos prometeu: "E, se alguém me servir, o Pai o honrará."

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Verdades

"Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação..." (1 Coríntios 4.12-13)
Quando você é injustiçado e seu bom nome é manchado, você, em Jesus Cristo, tem a oportunidade de se tornar manso e permanecer manso e humilde sem falar uma única palavra. Jesus quer muito guardar você em perfeita paz! Confie nEle ao invés de brigar, de discutir e argumentar. Não é necessária nenhuma palavra de sua parte. Mas o inverso é igualmente verdade: Jesus ordena: "Não julgueis." Isso quer dizer que não devemos julgar ou condenar ninguém que não tenhamos ouvido pessoalmente. Uma palavra áspera, uma calúnia indireta ou até um olhar ou mesmo um mau pensamento prejudica a deliciosa tranqüilidade da alma. "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus", diz o Senhor. Outra passagem bíblica adverte: "No muito falar não falta transgressão." Entregue a Ele o domínio e você verá que a paz de Deus que excede a todo entendimento guardará o seu coração e sua alma em Cristo Jesus. Enquanto o seu coração estiver calmo, você será abençoado e fortalecido por Deus. E quando a velha e conhecida agitação e o nervosismo quiserem se manifestar em você devido às muitas coisas negativas e mentirosas que disseram contra você e por toda injustiça que foi cometida contra você, lembre-se da palavra prática: "O que a mim me concerne o Senhor levará a bom termo."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

PECADOS SEXUAIS

                                                      Fornicação

Algo Do Que Fugir

A maioria dos homens não gosta de admitir que foge de alguma coisa. Fugir projeta uma imagem de covardia em nossas mentes, que é estranha aos nossos pensamentos, exceto em raras ocasiões. Contudo, quando estamos pensando corretamente, percebemos que há certas coisas que justificam uma retirada apressada.
O Senhor nos advertiu contra um pecado do qual precisamos "fugir" (1 Coríntios 6:18). O pecado da imoralidade sexual (chamada fornicação ou relações sexuais ilícitas em algumas traduções) é de tal força destrutiva que quando Satanás nos tenta com suas seduções precisamos dar-lhe as costas e fugir. Muitos homens, que pensaram que podiam enfrentar tentação prolongada, caíram (1 Coríntios 10:12).
É verdade que não podemos remover todas as tentações sexuais de nossas vidas, mas não temos que sujeitar-nos a situações desnecessárias e insensatas que dão a Satanás vantagem sobre nós. Na primeira investida da tentação é hora de buscar a ajuda do Senhor. Como qualquer outra sedução de Satanás, as tentações sexuais são comuns para o homem. Contudo, temos a convicção de que seremos capazes de resistir e que ele proverá "o livramento" (1 Coríntios 10:13). Talvez nosso problema seja que não estejamos realmente procurando o livramento.

O que é fornicação?

Já observamos que algumas traduções da Bíblia usam a palavra "fornicação" onde outras usam a expressão "relações sexuais ilícitas" ou "imoralidade sexual". A palavra original grega é porneia, que é definida como "relações sexuais ilícitas" (Dicionário da Bíblia Almeida), que inclui, mas não é limitado ao adultério. A palavra "ilícito" (que significa ilegal ou impróprio) pode confundir algumas pessoas, uma vez que vivemos num tempo quando pouca coisa é considerada ilícita. Somente porque nossas autoridades civis legalizaram algumas atividades que Deus não autorizou não as torna corretas. Um homem que, mesmo com a aprovação do governo, se divorcia de sua esposa sexualmente fiel, ou cuja esposa se divorcia dele, e se casa com outra, comete adultério (veja Mateus 5:32; 19:9).
Desde que Deus autorizou cada homem a "ter sua própria esposa" e vice-versa (1 Coríntios 7:2), qualquer variação (sexo pré-marital ou extra-marital, bem como bigamia, poligamia e homossexualismo) é ilícito e cai dentro da definição de fornicação.

O que é casamento?

É triste que tenhamos de definir o casamento, mas as forças do mal tentaram legitimar a perversão chamando-a casamento. Em alguns lugares os governos estão sancionando relações entre pessoas do mesmo sexo e chamando-as de casamento. Uma vez que Deus é o autor do casamento, ele é o único que tem o direito de defini-lo. A Bíblia inspirada por Deus é consistente do início ao fim em qualquer afirmação, e exemplo na aplicação da palavra casamento exclusivamente à relação entre homem e mulher. Ainda que em certo tempo Deus permitisse a um homem ter uma pluralidade de esposas, no Novo Testamento não há autorização para poligamia, e ainda que pudesse ser chamada "casamento", ainda é ilegal.

Evitar a fornicação

Um dos propósitos do casamento é prover um ambiente no qual homens e mulheres possam satisfazer seus desejos sexuais e evitar a fornicação. Para que o casamento sirva como um impedimento efetivo da imoralidade sexual, as necessidades de ambos os parceiros precisam ser satisfeitas, e assim Deus ordena a ambos os cônjuges que cedam uns aos outros às necessidades sexuais de cada um (1 Coríntios 7:2-5).
A relação sexual deveria ser uma experiência satisfatória para ambos os parceiros, e não uma oportunidade para prazer egoísta. Não é segredo que homens e mulheres reagem aos estímulos sexuais de modo diferente, e como resultado alguns homens ficam impacientes. Assim como um artífice hábil não se apressa durante um projeto para produzir uma obra de arte, um esposo hábil dedica o tempo necessário a aprender como agradar sua esposa neste importante aspecto de sua vida comum.

Algumas vezes casais casados pensam no que é permitido e no que é proibido dentro da relação de casamento. Porque por Deus, "pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade..." (2 Pedro 1:3), podemos confiar no que é revelado em sua palavra sobre este assunto. O Novo Testamento diz que "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hebreus 13:4). Portanto, por autorização geral, qualquer intimidade envolvendo somente o esposo e sua esposa que: não ofenda a consciência de nenhum deles (Romanos 14:22); e não viole algum outro princípio dado por Deus, é "imaculada".
O adultério e outras formas de fornicação começam no coração. Jesus reorganizou isto e advertiu contra olhar para outra mulher com o propósito de provocar desejos sexuais (Mateus 5:28). Uma das mais óbvias avenidas conduzindo a este pecado é a pornografia, que precisa ser evitada para se ter pensamentos sadios (Filipenses 4:8).

Deverá também ser lembrado que não é bom ficar muito familiar com outras mulheres que não a própria esposa. Se outra mulher é sua amiga, a amizade deverá ser cultivada somente na presença de sua esposa, e mesmo então deverá ser isenta de qualquer provocação sexual. Cuidado com qualquer mulher que tente ser sua "amiguinha".

A sexualidade é parte da criação de Deus e nos foi dada para nosso deleite. Deus sabe o que é melhor para nós e nos autorizou a satisfazer esses desejos dentro da relação de casamento. Qualquer desvio do plano de Deus trará desastre para o seu casamento e sua alma.

Por Al Diestelkamp

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Verdades

"Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então disse: Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel: pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste." (Gênesis 32.27-28)
Existe ainda uma terceira pessoa na Bíblia que teve seu nome mudado. Isto aconteceu numa noite misteriosa em Peniel. Este episódio é misterioso e mal podemos entendê-lo: quando Jacó estava sozinho, um homem lutou com ele. Muitas vezes, ensina-se que Jacó lutou com Deus, mas, em primeiro lugar, Deus lutou com Jacó, até o clarear do dia. Está escrito claramente: "...lutava com ele um homem." Durante quanto tempo? Até que o Senhor quebrou sua força humana, pois Jacó não queria se entregar. Somente então Jacó começou a lutar. Ele se agarrou firmemente no Senhor e exclamou: "Não te deixarei ir, se me não abençoares." Devemos levar em conta que o Senhor de fato o abençoou, mas só depois da renovação do nome, só depois que Jacó confessou o que era em seu íntimo. Jacó chorou, lutou com persistência e exclamou: "Não te deixarei ir, se me não abençoares." Ele quer que o Senhor o abençoe logo. Então o Senhor lhe pergunta: "Como te chamas? Ele respondeu: Jacó." Essa foi a sua confissão de pecado, pois Jacó significa "embusteiro, enganador". Depois de ele confessar isso, o Senhor diz: "Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel."

CÉLULAS

CUIDANDO DE PESSOAS ATRAVÉS DAS CÉLULAS

Chamamos de “células” aos grupos de pessoas que se reúnem nas casas, com o objetivo de orar juntos, compartilhar bênçãos e dificuldades e estudar a Palavra. A célula é um grupo de três a quinze pessoas que formam uma comunidade para experimentar o amor de Deus, para crescer no relacionamento com os outros e para alcançar os não crentes. Cada grupo se reúne uma vez na semana, no dia e horário que melhor convier para a maioria dos participantes.
Por que o nome “Células”? Porque Igreja não é uma instituição ou organização, mas o Corpo de Cristo. Igreja é um organismo vivo, espiritual, sobrenatural. E assim como o nosso corpo é composto por células, podemos dizer que o Corpo de Cristo também o é.
Lugar de Comunhão
As Células são instrumentos para o exercício da mutualidade e possibilitam o estabelecimento de relacionamentos significativos, cujo vínculo principal é o amor.
Em Cristo, somos feitos uma só família de Deus, unidos em amor e comprometidos com as diferentes necessidades uns dos outros (Jo. 13:35). Nosso alvo é ser uma comunidade unida pelos laços do amor – não o amor sentimento, mas o amor que se expressa em obras e em verdade (I Jo. 3:18). Unidade, mesmo na diversidade, é característica fundamental de uma igreja saudável.


Lugar de Crescimento
Na Célula somos desafiados a crescer na direção do alvo que o próprio Deus nos propõe: “Que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Efésios 4:13-15).
Fazer parte de um grupo pequeno, como a Célula, é essencial para alcançarmos uma vida cristã saudável e a maneira mais efetiva de todos os membros da igreja serem cuidados por alguém. Na Célula, líderes são descobertos e treinados. Na Célula todos têm a oportunidade de crescer no conhecimento de Deus e sua Palavra, no processo de santificação, na perseverança diante das dificuldades, e no exercício do amor e dos dons espirituais.

Lugar de Evangelismo
“Ide por todo o mundo e fazei discípulos”, esta foi a ordem de Jesus a seus seguidores. Cada ser humano, perdido no pecado, será condenado no dia do seu juízo, a não ser que lhe mostremos o caminho da salvação que é Cristo.
A responsabilidade de testemunhar do poder do evangelho e fazer discípulos não é apenas dos evangelistas, pastores ou missionários, mas de cada cristão. Num grupo pequeno, como a Célula, cada membro é ensinado e incentivado a falar de Jesus a seus amigos e trazê-los para os encontros semanais do grupo. De um modo geral, é grande a aceitação, pois muitos resistem ao serem convidados para um culto na igreja, mas aceitam prontamente quando o convite é para uma reunião informal na casa de um amigo.

CÉLULA: LUGAR DE CUIDADO
A organização de uma Igreja em células é um retorno à comunidade cristã de base, descrita no novo testamento: "Cada casa uma igreja, cada membro um ministro, vivendo em Cristo de casa em casa e na grande congregação". Pastor Robert Michael Lay – Coordenador do Ministério Igreja em Células no Brasil.
Como as aves, a Igreja também necessita de duas asas para voar. A primeira é a asa dos
pequenos grupos, das Células, chamada de “Asa Comunitária”. Esta asa trabalha alcançando as pessoas onde elas convivem umas com as outras no seu cotidiano. A outra asa, igualmente importante, é a “Asa da Celebração”, que é a união de todos na grande celebração semanal no templo. Para alçar grandes vôos, as duas asas necessitam de uma perfeita harmonia ou ficaremos girando em círculos. Participe dos cultos de celebração no nosso templo, mas cuide também para que a outra asa não fique inativa. Faça parte de uma Célula.


QUEM ESTÁ CUIDANDO DE VOCÊ?
VOCÊ ESTÁ CUIDANDO DE QUEM?

sábado, 18 de fevereiro de 2017

A ETERNIDADE

MATEUS 16.24-28

Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Intro:Cristo faz uma comparação, usando a eternidade como o modelo padrão, ou régua, para medir a futilidade do tempo. Cristo compara o tempo usado para ganhar o mundo com o tempo perdido de uma alma.
A. Comparações Bíblicas são baseadas em padrões Bíblicos.
    Na nossa sociedade, comparações são mal vistas, e na verdade a Bíblia não apóia os padrões humanos que se estabelecem na nossa sociedade. Não somos instruídos a comparar-nos com o Apostolo Paulo, ou comparar as reações que os Judeus tiveram com a pregação de Pedro com as reações que o povo tem com as nossas pregações. Quantos profetas, como Moises ou Gideão ou Isaías, erraram a comparar-se com outros homens, e apontar em si mesmos "supostas falhas". Hoje em dia, é popular disser que Deus aceita e ama a todos de igual forma, insinuando que Deus nem compara nem estabelece padrões. Porém, livros como Provérbios comparem e muito; a sabedoria com a tolice, a obediência com a desobediência, e a vida e morte. A comparar, a Bíblia sempre toma como modelo um padrão Bíblico, não um padrão humano.
·       João o Batista (João 1:25-27). O padrão que Deus usa para julgar os homens é o Seu Filho, Jesus. (Malfeitor na cruz, Lucas 23:41-”... Nós, na verdade, com justiça,... recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas Este nenhum mal fez.")
·       Deus estabelece seus mandamentos e a Sua lei para julgar as nossas ações. (Salmos 19:7-12)

B. O Padrão Bíblico para medir o tempo é a eternidade.
    Poucas vezes Cristo fala em termos de dias ou meses; muitas vezes as doutrinas são expressas em termos da eternidade.
·        Eleição (Efésios 1:4 "Nos elegeu nEle antes da fundação do mundo,...")
·        (Comparação da) Sabedoria de Deus com a dos homens (I Coríntios 2:6,7)
·        Deus e tempo (II Pedro 3:8 - "Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.")
·       Alfa e Omega, o começo e o fim
·       Nosso texto Mateus 16:26
C. O Mundo nega o conceito da eternidade.
    O ateu nega a eternidade.
    O homem natural planeja em termos de "amanha" ou "dia que vem". (Homem rico que tinha produzido com abundância - Lucas 12:19,20)
    Muitas igrejas negam a questão da eternidade, e fazem apenas metade da pergunta no nosso texto Mateus 16:24. Ao em vez de oferecer restauração financeira, eles devem pregar a necessidade de ser restaurado a uma posição aceitável perante um Deus zeloso. Em vez de oferecer curas, deveriam falar sobre a enfermidade espiritual que o homem pecador em comparação com a lei de Deus. ("Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus..." Rom 3:23) Ao mulher de Samaria, muitas igrejas de hoje ofereciam a oportunidade de ganhar o mundo: ser restaurado, ser liberto, ser curado! (João 4:13-15) Porém, Cristo falou sobre coisas eternas, e comparou a sede humana pela água com a vida eterna que vem da fonte de Água divina.

D. Devamos considerar aonde nós estamos colocando a importância.

Autor: Daniel A Gardner
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O VERDADEIRO LÍDER PASTORAL


Gledson Dias
O líder pastoral deve estar em constante crescimento, porque seu chamado exige dedicação e esforço, sabendo que nem sempre se é reconhecido pelos homens. Este líder é instituído por Deus desde o tempo de Moisés.

O verdadeiro líder pastoral conduz o rebanho que lhe é confiado por Deus, de acordo com os ensinamentos bíblicos, e tem uma conduta segundo o que nos ensina o apóstolo Paulo nas cartas pastorais a Timóteo e Tito:
É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Deve governar bem sua própria família, tendo filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois se alguém não sabe governar sua própria família como poderá cuidar da igreja de Deus?” (I Timóteo 3.2-5)
“...amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela” (Tito 1.8-9).

Conduzir a igreja do Senhor, é uma das mais nobres tarefas dada por Deus ao homem. Aquele que está liderando uma igreja, enfrenta não só questões administrativas, mas sobretudo tem a obrigação de ganhar almas para o Reino de Deus. Assim como também, deve cuidar delas para que nenhuma se perca. 

Alguns pensam, que só o fato de atender as necessidades espirituais do rebanho é o suficiente para cumprir o propósito divino. Apesar das necessidades espirituais, serem importantes, há o lado humano que também precisa ser cuidado. O pastor precisa estar atento para sentir quando um membro está se afastando. A igreja não pode ser o exército que abandona os feridos pelo caminho. Jesus na parábola da ovelha perdida, nos dá uma importante lição de como deve agir o pastor ao sentir o afastamento de um das suas ovelhas.

Na minha opinião, o líder pastoral deve seguir alguns passos que considero determinantes para o seu chamado, os quais são: Oração, Compromisso e Pregação do Evangelho. 
ORAÇÃO
A oração é o lugar de refúgio com Deus, a porta de escape dos dias maus e de acordo com Tiago 5.16, Deus ouve a oração dos justos. Infelizmente a maioria do povo, que se diz de Deus, não quer mais saber de culto de oração, mas quando se fala em culto festivo e show gospel, as igrejas ficam cheias.
Nós, os evangélicos de hoje, deveríamos seguir o exemplo de muitos homens de Deus que conheceram a força que tem a oração. Por exemplo:
·        John Wesley célebre pregador, homem de fé que teve papel importante no avivamento da igreja por volta de 1700 na Inglaterra, tinha à oração como uma das coisas mais importantes da sua vida. Começava e terminava seu dia orando.
·        Dr. D. L. Moody: “aqueles que deixaram as mais profundas marcas nesta terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração”.
·        Charles Spurgeon falou que “todas as nossas bibliotecas e estudos são meras salas vazias comparadas com a nossa sala de oração. Crescemos, lutamos e prevalecemos na oração privada”.
Com Deus prevalecemos em oração. Os alicerces do inferno são abalados, as extremidades da terra sentem o agir de Deus, enfermidades são curadas, problemas são resolvidos, causas insolúveis são atendidas pelo poder da oração. Pode-se afirmar, portanto, que não há sucesso ministerial se não tivermos uma vida de oração. Nosso momento com Deus, é fundamental para nosso crescimento espiritual.
O maior desafio do líder evangélico, é saber ouvir a voz do mestre. Precisamos estar dispostos a fazer como Paulo. Após ser chamado para o ministério, experimentou um momento profundo de oração e jejum.
COMPROMISSO
O líder cristão comprometido com a obra de Deus, prega a palavra com seriedade dentro dos parâmetros bíblicos. Forma novos líderes não para servi-lo, mas para ajudar na obra de Deus.
Compromisso exige esforço, dedicação, tempo, trabalho e disciplina. Só assim poderemos atingir os objetivos os quais nos propusemos. O Senhor sabe nossas limitações e também o que somos capazes de fazer. Ele não nos dá uma carga maior do que a que podemos carregar.
 Servir a Deus exige sacrifício, abnegação dos prazeres e valores terrenos.
PREGAÇÃO DO EVANGELHO
A pregação deve ter unção e conhecimento da verdadeira palavra de Deus. Pedro durante a festa de Pentecostes mostrou seu conhecimento nas Escrituras do Antigo Testamento. Sua mensagem foi tão impactante que os ouvintes ficaram perplexos. Depois desta pregação quase três mil almas se renderam aos pés da cruz. (At 2.41).
Porém, os púlpitos estão cheios de pregadores com sermões repletos de conhecimento, mas vazios da graça de Deus e suas mensagens com conteúdo de difícil compreensão.
Vivemos um tempo onde o pregador tem suas mensagens pré-fabricadas, com livros que ensinam como preparar um sermão em 15 minutos. Estes pregadores não entendem, que se não tivermos uma vida de oração, não seremos a boca de Deus na terra para denunciar o pecado, e jamais cumpriremos a vocação com fidelidade.
Hernandes Dias Lopes expressa claramente “Homens secos pregam sermões secos, sermões secos não produzem vida”.  
E. M. Bounds afirma que “homens mortos pregam sermões mortos, e sermões mortos matam”. 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O verdadeiro líder pastoral vive para servir as ovelhas e não para se servir delas, pois ele foi chamado para cumprir uma ordenança divina. Ele deve estar ansioso por ganhar almas e disposto a empenhar sua vida pelo evangelho redentor.  Também precisa entender, a necessidade de levar os perdidos para o Reino de Deus.
No entanto, alguns esquecem para que foram chamados e agem como mercenários. Amam mais o dinheiro do que a Jesus e suas ovelhas, ou seja, amam mais o lucro do que o ministério. Enfim, são amantes de si mesmos.

Verdades

"Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória." (1 Timóteo 3.16)
O grande e desesperador problema de muitos cristãos é que eles nem conhecem a Jesus. Na realidade, eles O conhecem de nome, da pregação, mas não O conhecem segundo a Sua natureza. Mas para aquele que reconheceu o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, em seu íntimo, o discipulado se transforma em alegria e glória mesmo que seja através de dificuldades. Até em alguns dos discípulos encontramos esse lado trágico de não conheceram verdadeiramente o Senhor Jesus, pois Ele diz, por exemplo, a Filipe: "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido?" Em nossa vida pessoal atentemos para a afirmação do Senhor: "...onde eu estou, ali estará também o meu servo." E qual foi o primeiro lugar em que Ele esteve quando veio a este mundo? Em Belém! Sua vida começou com renúncia, na simplicidade de uma manjedoura. E onde terminou Sua vida terrena? Na mais profunda renúncia e nos maiores sofrimentos na cruz do Calvário! Ali ninguém quer procurá-lO e achá-lO, mas é justamente ali que devemos reconhecer a Jesus, justamente ali Ele se revela a nós!

domingo, 12 de fevereiro de 2017

INIQUIDADE, O QUE É?

A palavra iniqüidade aparece 177 vezes no AT, tanto na versão Revista e Atualizada como a Corrigida. Nas duas versões esta palavra é tradução da palavra hebraica "'avon", cujo radical é "'avah", um verbo que significa dobrar, torcer, distorcer, perverter, este verbo ocorre apenas duas vezes no antigo testamento: Lamentações 3.9 e Ezequiel 21.27, nesse ultimo é traduzido por ruína.

Substantivo masculino "'avon" pretende dar a idéia de: perversidade, depravação, iniqüidade, pode ser associado a culpa ou punição ou mesmo consequência pela iniquidade. Assim sendo "'avon" ainda pode ser traduzido por "maus olhos" 1 Sm 18.9, "culpa" 1 Sm 20.8; 2 Sm 3.8, "castigo" 1 Sm 28.10, pecado Sl 85.2. Contudo a palavra na língua portuguesa em que ‘avon com mais freqüência é traduzida é iniqüidade

Se compararmos o texto da versão Revista e Atualizada com a septuaginta veremos uma associação clara da palavra iniqüidade com a palavra grega "hamartiai", cujo significado é “errar o alvo”, “estar errado”, “desviar-se do caminho de retidão e honra”, “desviar-se da lei de Deus”, e finalmente pecado. Mas iniquidade tambem aparece na septuaginta associada com as palavras gregas adikian, ou adikia, dois substantivos que pode ser entendidos como injustiça, injustiça de um juiz, injustiça de coração e vida, profunda violação da lei e da justiça, ato de injustiça.

No novo testamento no Novo Testamento aparece 14 vezes na Revista e Atualizada e 20 vezes na Revista e Corrigida. Em ambas é tradução das palavras gregas anomia 8 vezes, adikia 4 vezes, adikema 1 vez, e apenas uma vez é associada a hamartia. As três últimas já eram usadas pela Septuaginta. Já a primeira, a mais freqüente no Novo Testamento, é um substantivo feminino cujo radical é a palavra grega anomos, um adjetivo que traduzi-se por “destituído da lei (mosaica)”, ou gentios, ou que se desvia da lei, que desrespeita lei, ilegal. Logo o substantivo anomia significa: a condição daquele que não cumpre a lei, porque não conhece a lei ou porque não quer, pode ser também o desprezo e violação da lei, maldade.

Nos evangelhos apenas em Mateus anomia é traduzido por iniqüidade, 4 vezes, na versão RA a palavra iniqüidade não aparece fora de Mateus. já nas cartas e em Atos, iniqüidade é a tradução tanto de anomia como adikia ou adikema alem de hamartia que só é associada a iniqüidade em 2 Tessalonicenses 2.3.

Foi Jerônimo na elaboração da Vulgata que escolheria a palavra latina iniquitate como tradução das palavras hebraicas ‘avon e as gregas anomia, adikia e adikema, uma das poucas exceções é 2 Tessalonicenses 2.3 nesse versículo Jerônimo escolhe a palavra latina peccati. É interessante verificar essa escolha uma vez que boa parte das línguas neo-latinas escolheriam palavras cuja etimologia remete para a palavra latina que consta na Vulgata, assim sendo iniquitate da vulgata, e iniqüidade no português passaram a expressar as palavras originais do texto bíblico. 

Tanto iniquitate como iniqüidade são palavras compostas do prefixo “in”, negação, objeção, nesse caso negação de aequitatis em latim e equidade no português. Cujo o significado é respeito à igualdade de direito de cada um, ou virtude de quem ou do que manifesta senso de justiça, ou ainda, lisura na maneira de proceder, julgar, opinar . O Dicionário da Bíblia de Almeida traduz equidade como imparcialidade. HOUAISS define iniqüidade como algo cujo “caráter é contrário à equidade”, pode ser uma “…ação ou coisa contrária à moral e à religião, ato contrario a justiça…”, ou ainda “…ato perverso; maldade...”. O Dicionário da Bíblia de Almeida traduz iniqüidade como: “… Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso…”

A King James apresenta a palavra "iniquity" como tradução para as palanos mesmos textos em que iniquidade é usada para traduzir para o português as palavras ‘avon, e anomia adikia ou adikema alem de hamartia, as exceções da King James são em textos como Romanos 6.13, 2 Corintios 6.14, onde aparece a palavra inglesa unrighteousness. cujo significado é o mesmo de iniqüidade.

Assim sendo ao se conceituar a palavra iniqüidade deve-se considerar as inúmeras palavras aos quais ela pretende traduzir nas escrituras. Iniqüidade é pecado, injustiça em todos os seus aspectos, é a ignorância ou negligencia de preceitos divinos e pode ser encontrado em qualquer aspecto da vida humana. 

Contudo é significativo quando Mateus atribui a que Cristo as falas nas quais a palavra iniqüidade aparecem, embora nessa passagem não conceitue ou exemplifique de maneira sistemática o sentido de iniqüidade, ela é capaz de nos revelar algumas advertências. 

Advertências de Jesus em relação a iniqüidade anonmia

“…Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade…” Mateus 7:23 
 A INIQUIDADE CONVIVE COM EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS E COM DEMONSTRAÇÕES DE PODER.

“…Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade…” Mateus 13:41.
A INIQUIDADE SERÁ JULGADA POR DEUS DA MESMA FORMA QUE ESCANDALOS

“…Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade...” Mateus 23:28 
 A INIQUIDADE É PASSIVEL DE SER DISSIMULADA POR APARENCIA DE PIEDADE

“…E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos...” Mateus 24:12 
 A INIQUIDADE SERÁ NOS ÚLTIMOS DIAS A MAIOR CAUSA DE ABANDONO DA FÉ.

Bibliografia
FLORENZANO. Everton. Dicionário Inglês – Português, Português – Inglês. Nova Cultural. São Paulo. 1987.
HOUAISS. Editora Objetiva, 2009
JERONIMO. Vulgata On Line. Módulo Avançado. Versão 3.0. SBB. Ontário 2002
KASCHEL, Werner & ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida. SBB, Barueri, 1999.
KING JAMES. Bíble King James 1769. Bíblia On Line. Módulo Avançado. Versão 3.0. SBB. Ontário 2002
STRONG. Dicionário Bíblico Strong – Léxico hebraico, Aramaico e grego de Strong. SBB. Barueri. 2002

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Verdades

"Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos." (Êxodo 24.7)
O povo de Israel jurou junto ao monte Sinai que cumpriria tudo o que havia prometido ao Senhor, mas, logo depois, todo o povo se desviou de Deus. Deus leva a sério as nossas decisões, e ao nosso querer Ele acrescenta o realizar. Mas em nossa vida tudo continua sendo mera teoria – embora nos firmemos na Palavra de Deus –, se não tivermos uma vida de oração. Em outras palavras: a Palavra de Deus só produz seu efeito poderoso e permanente em nossa vida interior se respondemos ao falar de Deus. Através da Bíblia, Deus fala com você, através da oração você responde a Ele.
Neste instante, peço-lhe para se aquietar por um momento, respondendo as seguintes perguntas: em sua agitação e em meio à sua atividade espiritual você ainda ora? Durante quanto tempo você esteve diante da face do Senhor hoje? Você permaneceu diante da Sua face, ou depois de um rápido "devocional por obrigação" você voltou novamente à ordem do dia sem que a chama do primeiro amor fosse reacendida em seu coração? Meu desejo sincero é que você, depois de ter lido estas linhas, se humilhe diante de Deus e diga: "Nunca mais, Senhor, quero deixar de transformar em prática a minha entrega a Ti. Quero neste instante cumprir os votos e promessas que fiz a Ti!"

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A UNIDADE CRISTÃ

"...HAVERÁ UM REBANHO E UM PASTOR" (JOÃO 10:16)
Fala-se muito atualmente em união de igrejas, aproximação das denominações, cooperação entre cristãos, unidade na diversidade, etc., sem se atentar ao que dispõe a Bíblia sobre a verdadeira união. Antes de nos unirmos a determinadas denominações evangélicas, devemos ter em mente aquilo que Deus estabeleceu como a verdadeira unidade do corpo de Cristo.
A UNIDADE É PELA VERDADE
Como exórdio ao presente estudo, devemos ressaltar que a unidade cristã é bíblica e, portanto, deve ser buscada pelos membros do Corpo de Cristo (embora essa unidade não decorra da mera vontade humana). Orando ao Pai, Jesus disse: "Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. ... E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:11, 20 e 21). Essa idéia de unidade do corpo de Cristo resulta da idéia central da Tri-Unidade de Deus. Por isso que o apóstolo Paulo declarou: "Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão" (1 Coríntios 10:17).
A unidade do Corpo de Cristo permite a união dos desiguais: "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. ... E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo" (1 Coríntios 12:13-14 e 19-20). Paulo assim escreve para demonstrar que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade: uns são mãos, outros, pés, outros olhos, assim por diante - não somos todos apenas um membro do corpo, mas vários membros formando um só corpo: "E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; ... Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." (vs. 21-22; 25-26).
O cristianismo é, sobretudo, uma religião baseada na união - união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé - mas não tolera a conjunção entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Assim, a unidade cristã se dá PELA verdade bíblica universal, a Palavra viva, santa e imutável de Deus. Na sua oração pela unidade, Jesus disse: "Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam; ... Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." (João 17:8 e 17). Se não for PELA Palavra de Deus não haverá unidade cristã verdadeira. Portanto, a unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária, mediante a uniformidade da fé.
A UNIDADE É PARA A VERDADE
Muitos pastores e líderes buscam a unidade em meio ao erro doutrinário, o que contradiz a Palavra de Deus. Essa "unidade", na realidade, agrada muito mais aos homens do que a Deus. Não falo das pequenas diferenças existentes no meio cristão (pois, como dissemos, cada membro do corpo é desigual), que não comprometem a sã doutrina, mas daquelas que possam afetar a verdade bíblica. Por exemplo: como poderei andar com um irmão que vive de "revelações" e que coloca as suas experiências pessoais acima da Bíblia, se eu creio que a Bíblia é a minha única regra de fé e conduta? Ou como poderei participar de uma igreja que ensina um outro evangelho (do cristianismo fácil, da busca de sucesso material, da salvação condicionada ao mérito pessoal, do curandeirismo, da realização de "sinais e prodígios", do G12, etc.) se prego a simplicidade do evangelho de Cristo? "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3).
Respeito muito o trabalho daqueles que buscam a unidade no meio evangélico, mas esse trabalho será em vão se não for PARA A VERDADE, por obra e vontade do nosso Deus: "Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." (Salmos 127:1). O nosso dever de afastamento daqueles que se desviaram da verdade é muito mais bíblico do que a busca pela unidade a qualquer custo: "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles." (Romanos 16:17). Essa admoestação não se dirige à observação somente dos "hereges", mas também contra os que promovem "dissensões" doutrinárias, "Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." (v. 18). Lembre-se bem deste conselho: "Compra a verdade, e não a vendas." (Provérbios 23:23a).
A UNIDADE É MEDIANTE A FÉ
Se cremos todos em conformidade de fé (essa é a unidade que deve ser buscada - a unidade da fé), há união cristã verdadeira, ainda que distâncias nos separem. Paulo ensina que devemos nos suportar uns aos outros em amor, procurando guardar a UNIDADE DO ESPÍRITO pelo vínculo da paz (Efésios 4:2-3). Para isso, foi-nos dado "uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos ...Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efésios 4:11-14). Note bem que essa unidade da fé não comporta variações doutrinárias, porque senão nos tornaríamos como meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina. Havendo a unidade de fé, todo o corpo de Cristo se torna bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas (v. 20), isto é, sem divergências doutrinárias relevantes.
A UNIDADE OCORRE NA SEPARAÇÃO
A união cristã verdadeira somente existirá separando-se o joio do trigo. Da mesma maneira que não devemos nos prender a um jugo desigual com os infiéis (2 Coríntios 6:14), de igual forma não podemos nos associar com os que promovem dissensões doutrinárias. Essa unidade do ponto de vista bíblico se dará exclusivamente se houver total separação. Contradição? Não, pois a verdade não se coaduna com o erro; não existe unidade em meio à discórdia.
O Pr. Ron Riffe, no maravilhoso artigo intitulado target="_blank">"A Doutrina Bíblica da Separação", publicado no Jornal Sã Doutrina (JARF) nº 10 (março/2003), pg 3, citando 2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15, lembra que "alguns crentes de Tessalônica estavam com a falsa idéia que o arrebatamento ocorreria em um futuro próximo. Muitos deles venderam suas propriedades, abandonaram seus empregos e ficaram ociosos, esperando o retorno do Senhor. Enquanto aguardavam, alguns recusavam-se a trabalhar pela comida que recebiam, enquanto outros ficavam se metendo na vida alheia". Paulo então os adverte:
"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. ... Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs. ... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão." (2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15).
Observe bem: todos aqueles que promoviam aquela desordem eram crentes em Cristo, esperavam a salvação em Jesus, criam na Bíblia, enfim, podiam ser chamados de "irmãos". Mas andavam desordenadamente (isto é, "marchando em outro ritmo", conforme explicado pelo pastor Riffe), contra a própria tradição apostólica. Qual a semelhança dos tessalonicenses para os crentes hodiernos que praticam coisas contrárias à sã doutrina? Nenhuma, pois ambos andam "desordenadamente". Devemos, pois, nos misturar com os que acreditam em coisas que reprovamos à luz da Bíblia? Ou será que teremos de admitir que eles estão certos e que nós estamos errados? Como nos entenderemos, estando nós em desacordo?
APARTAI-VOS DELES
Se você acha estas palavras duras e exegeticamente erradas, perdoe-me a franqueza, mas está se opondo ao próprio Deus, que deseja separar um povo santo para sua exclusiva glória e autoridade. A verdade é que, embora possamos considerar muitos deles como irmãos (assim os considero com fundamento em Mateus 24:24 e 2 Tessalonicenses 3:15), devemos nos afastar dos que não estão de acordo com a sã doutrina, para que não haja confusão doutrinária. Não sou eu quem diz, mas o próprio apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santos de Deus. A confusão doutrinária no meio cristão é semelhante à balbúrdia ocasionada pela multidão em alvoroço - ninguém se entende e cada um segue desordenadamente. Se eles estão dispostos a nos ouvir, aí sim poderá haver uma aproximação e, quiçá, até a almejada união (eu também a desejo, mas com a verdade).
O apóstolo Paulo ainda demonstra que devemos nos afastar daqueles que se desviaram da sã doutrina: "Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado" (Tito 3:10-11). Certamente o texto fala de heresias; mas, não são heresias as muitas coisas que se pregam em determinados círculos evangélicos? Lembramos que muitas das igrejas com as quais se almeja a união saíram do nosso meio. Por que? "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós." (1 João 2:19). Saíram de nós por desacordo - voltaremos a nos unir com eles ainda em desacordo?
Várias são as admoestações bíblicas no sentido da separação mesmo: "Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais." (1 Timóteo 6:3-6). "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." (2 João 1:9-11)
CONCLUSÃO
Infelizmente, sempre haverá dissensões doutrinárias no meio evangélico - o joio crescerá no entre o trigo para, finalmente, ser arrancado e lançado fora (Mateus 13:30). E isso é necessário até mesmo para que se levantem os que são leais à sã doutrina: "E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." (1 Coríntios 11:19); os que não são leais à sã doutrina farão de tudo para alcançarem a união fora dos padrões bíblicos e muitos "leais" poderão se influenciar pela falsa união. No entanto, devemos nos separar dos contradizentes e dos que estão em desacordo com a [única] verdade, sob pena de estarmos agradando ao nosso próprio ventre, aos homens e de desobedecermos a Deus. Ora, "mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29). Essa unidade não pode ser a que almeja nossos corações e nem a que vislumbra nossos olhos humanos, mas deve estar centrada na Palavra da Verdade e se conformar com a vontade divina. Por esse motivo, o líder cristão deve seguir "Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes." (Tito 1:9).
Deus nos abençoe!

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Verdades

"Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim."(Gálatas 2.19-20)
Sua vida espiritual não teve poder até hoje? Foi sem resultados convincentes? O motivo disso é a sua auto-afirmação. Entregue agora na morte de Jesus o seu "eu" orgulhoso, mentiroso e egocêntrico! Você deve se considerar crucificado com Cristo. Deve se apoiar tão firmemente nesse fato o quanto é real e histórico Jesus Cristo ter morrido na cruz. O Senhor o provará nessa posição de fé. Pessoas ao seu redor o provocarão, o desafiarão no dia-a-dia, apelarão ao seu orgulho e à sua ambição, enganarão você, o menosprezarão, caluniarão, desprezarão. Mas tudo isso serve como instrumento na mão de Deus, a fim de provar se de fato você está crucificado com Cristo. Aí ficará manifesto se você reage como Jesus, Aquele que, ao ser provocado para descer da cruz, se calou e permaneceu na cruz. Esse é o segredo! Sua família se transformará, tudo ao seu redor se transformará porque você foi transformado. Agora seu cristianismo não é mais sem seiva e sem poder, porque deixou de ser mera teoria para se transformar numa realidade viva. Negar-se a si mesmo significa dizer sim a Jesus. Você encontrará a vida verdadeira por rejeitar e entregar a sua própria vida a Jesus.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Verdades

"Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne." (2 Coríntios 5.16)
Afirmo com grande seriedade e igual certeza: assim como cada filho de Deus tem de tomar para si o poder da morte de Jesus com convicção, da mesma forma todos nós coletivamente, como Igreja de Jesus, temos de nos revestir da morte de Jesus, pois está escrito: "...um morreu por todos, logo todos morreram." Se somos membros vivos do corpo de Jesus, então também passamos pela Sua morte. Nessa realidade estava baseado o poder sem fronteiras da igreja primitiva. Todos os conflitos e tensões encontravam suas soluções debaixo da cruz de Cristo, pois todos haviam morrido com Ele. Por isso mesmo não conhecemos mais as pessoas segundo a carne, porque todos morremos com Cristo. Nossa velha vida foi igualmente crucificada. O Cordeiro de Deus morreu na cruz para que você e eu – nosso velho ser – pudesse morrer junto com Ele. Se nos limitamos a dizer: "Jesus morreu pela minha culpa", limitamos em parte a gloriosa vitória de Jesus. A finalidade principal da morte de Jesus é: "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida."