Nessa parábola Jesus conta a história de um homem que semeou boas
sementes de trigo em seu campo. Ao mesmo tempo um inimigo semeou
sementes ruins, de joio, em meio às sementes de trigo. Os empregados
daquele homem se surpreenderam ao perceber que havia crescido joio em
meio ao trigo naquela plantação. O instinto daqueles empregados
agricultores dizia que eles deveriam arrancar essa erva daninha do meio
do trigo para que este crescesse melhor. Porém, o dono da plantação os
proibiu de fazer isso, já que o joio é muito parecido com o trigo e eles
poderiam, por engano, arrancar boas plantas junto com as ruins. Assim, a
orientação do dono da plantação era que deixassem crescer os dois até
que na hora da colheita pudessem identificá-los plenamente e, assim,
arrancá-los.
O próprio Jesus no trecho que está em Mateus 13. 36-43 já traz
algumas explicações aos seus discípulos sobre os ensinos dessa parábola.
Vale a pena ler esse trecho para entender melhor a parábola. Vou expor
abaixo algumas lições interessantes que aprendo com essa parábola:
(1) No mundo existem boas sementes plantadas por Deus. Jesus
identifica as boas sementes plantadas no campo como os “filhos do reino”
(v. 38). Isso significa que o agricultor e dono do campo, Jesus,
espalha boas sementes nesse grande campo chamado mundo. Mesmo que hoje
em dia não consigamos ver tantas boas sementes crescendo, e sejamos até
pessimistas com relação à atuação do bem, as boas sementes estão lá,
pois foram plantadas por Jesus.
(2) Não existe somente um plantador de sementes. O inimigo,
espalhador de sementes ruins, apontado por Jesus como sendo o diabo,
também está trabalhando. Se Jesus planta seus servos como boas sementes,
o diabo planta seus servos como más sementes como forma de estragar de
alguma forma a plantação de Deus. Nesse ponto não podemos ser ingênuos,
mas atentos.
(3) Os filhos de Deus e os filhos do maligno são parecidos, mas não são iguais.
O maligno espalha suas más sementes pelo campo. Os filhos do maligno
são “parecidos” com os filhos de Deus, assim com o joio se parece com o
trigo. Mas não podemos ser ingênuos achando que dentro de nossas igrejas
existe apenas trigo. Devemos ser prudentes sabendo que ele, o joio,
existe e está também tentando crescer e tomar seu espaço. Apesar de o
joio ser parecido com o trigo, devemos tal qual como os agricultores da
parábola, sermos atentos para saber que existe certa quantidade de joio
crescendo junto com o trigo.
(4) O crescimento do joio não está fora do controle do dono da plantação. O
fato do dono da plantação não permitir que se arranque o joio logo
quando é identificável mostra que ele não foi surpreendido pelo inimigo.
O dono da plantação, Deus, tem controle absoluto e orienta seus
empregados a como agir da melhor forma com relação ao joio em meio ao
trigo. Devemos ouvir a voz do dono para agirmos com sabedoria diante da
esperteza do inimigo. No final das contas o dono da plantação já tem
planejado o que fará com esse joio e com o trigo que plantou.
(5) O joio e o trigo não ficarão para sempre juntos. Jesus
deixa claro que haverá punição tanto ao inimigo que semeou sementes
ruins, quanto para as sementes ruins que buscaram atrapalhar a plantação
de Deus. Essa punição é indicada como o justo juízo de Deus, que sabe
identificar joio e trigo precisamente, e sabe exatamente o que deve
queimar e o que deve preservar. Essa separação será feita em momento
oportuno pelo dono da plantação.
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