terça-feira, 26 de março de 2019

Verdades

"Pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele." (Efésios 3.12)
Deus não pode ser experimentado através de nossos cinco sentidos, mas, sim, através da fé em Jesus Cristo. "Mesmo que meus sentimentos me digam mil vezes não, eu quero confiar na Tua Palavra!" Há muito eu teria naufragado se tivesse confiado nos meus sentimentos volúveis e nas minhas emoções muitas vezes destrutivas. Vivo pela fé, muitas vezes sem nada sentir, em meio às maiores tentações e tempestades, mas em comunhão ininterrupta com o Senhor. A fé é um mistério. Mas assim mesmo ela é maravilhosamente simples: ter fé é se entregar ao Senhor poderoso. Então se torna experiência pessoal o que o autor de um conhecido hino expressou da seguinte maneira: "Estou seguro nos seus braços, estou seguro no seu peito." Porém, essa segurança nos braços de Jesus, essa proximidade ao peito do Senhor só será uma experiência contínua em nossa vida através da leitura bíblica e da oração. Pela Bíblia, Deus fala a nós, e, por meio da oração, nós falamos a Ele.
No fundo é tudo muito simples: recebemos tudo o que Deus nos oferece por meio de Jesus Cristo, em uma confiança infantil, não com o intelecto, mas com o coração. O Senhor diz: "Dá-me, filho meu, o teu coração." Se você ainda não o fez, faça-o ainda hoje!

segunda-feira, 25 de março de 2019

O que talismãs e bolas de cristal não conseguem fazer

Lothar Gassmann
Deixe seus astrólogos se apresentarem, aqueles fitadores de estrelas que fazem predições de mês a mês, que eles a salvem daquilo que está vindo sobre você; sem dúvida eles são como restolho; o fogo os consumirá. Eles não podem nem mesmo salvar-se do poder das chamas. Aqui não existem brasas para aquecer ninguém; não há fogueira para a gente sentar-se ao lado.” (Isaías 47.13-14)
Muitas pessoas gostariam de olhar para o futuro. Elas vão ao adivinho ou vidente e pedem para que leiam suas mãos ou perguntem às estrelas. Isso as deixa mais felizes? Não seria algo extremamente difícil se, por exemplo, eu fosse informado de uma data para um – possível – acidente, enfermidade ou até da minha morte? Quão inseguros ficam os que seguem por esse caminho errado! Como fica aprisionada a alma que confia em coisas fabricadas (estrelas, talismãs, amuletos, pêndulos, varas, bolas de cristal etc.) ao invés de confiar em Deus, o Criador! Com que rapidez ela cai nas garras de Satanás e de seus demônios!
Devemos nos manter longe disso! Só Deus conhece o futuro. Em todos problemas e dificuldades devemos buscar refúgio junto dele em sincera e constante oração! Ele tem a melhor das intenções conosco. Ele nos acolhe em seus braços como um pai ou uma mãe fazem com o filho.
Jesus Cristo tem futuro. Cante louvores ao Senhor!
A todos que nele creem, ele dá vida e esperança.
Jesus Cristo tem futuro, não os ídolos de pedra,
não a estrela, nem o talismã. Só Jesus Cristo é Senhor.
Jesus Cristo tem futuro. Este mundo passará.
Mas em meio à guerra e dor, segurança ele dá.
Jesus Cristo tem futuro. Dê-lhe todo o seu tempo!
Esteja pronto, o dia do Senhor talvez em breve virá.
A noite não continua sendo noite, nem a dor continuará.
O medo não continua sendo medo, nem a morte continuará.
A luz irrompe clara, já hoje brilhando está.
Quando ele aparecer, que grande alegria será!

domingo, 24 de março de 2019

O PODER DE DEUS

É graça de fato! O profeta de Deus foi enviado a Sidom, de onde tinha vindo a perversa rainha Jezabel. Por que Deus enviou Seu profeta para um lugar tão perigoso cujo povo era um inimigo pervertido de Deus? A resposta é que o sábio e onipotente Deus que impediu a chuva é ao mesmo tempo o Deus de toda a graça. Ele disse a Elias para ir morar ali, e que Ele tinha ordenado uma mulher viúva para sustentá-lo. O profeta obedeceu sem perguntar se ela era rica ou pobre, porque sua confiança não estava na viúva, mas em Seu amado Criador.
Quando ele chegou ao portão da cidade ele viu a mulher. Ela estava em extrema pobreza. Mas sua fé não vacilou pois ela estava em Deus e não nos meios que Ele usa. Elias estava com sede e faminto, e pediu a ela um pouco de água para beber e por um pão. Então, a pobre viúva contou a ele sobre seu estado desesperador. Ela e seu filho estavam a ponto de morrer. Elias então declarou a maravilhosa graça de Deus e lhe disse: Não temas. O restante da história está em 1 Reis 17 e é linda e cheia de lições preciosas.
O Deus de toda graça continua fazendo o mesmo hoje, numa escala bem maior. Ele ainda envia Seus servos a países não menos perversos que Sidom. Cristo enviou Seus apóstolos para os culpados e assassinos em Jerusalém, para a Judeia e Samaria, e para os lugares mais distantes da terra. O espaço não nos permite falar de homens como: Hudson Taylor, William Carey, Robert Moffat e David Livingstone. E Ele ainda está enviando Seus servos para o Oriente Médio, para o Oriente, o Norte da África e outros lugares perigosos. Por que? Porque Ele, o Deus de toda graça, deseja que todos sejam salvos.

Verdades

"...Porque somos membros do seu corpo." (Efésios 5.30)
Os mais profundos anseios da nossa alma, sejam eles bons ou maus, são trabalhados em nosso interior durante o sono. Adão, o primeiro ser humano, teve um grande problema. Como homem, ele se sentia sozinho. E o que fez Deus? "Então o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu: tomou uma das suas costelas, e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe." Assim, o problema da solidão de Adão estava resolvido. Essa também é uma maravilhosa indicação profética do "último Adão", Jesus Cristo. Na cruz do Calvário, Ele se entregou ao sono da morte. Um dos soldados lhe abriu o lado, "e logo saiu sangue e água". Dali surgiu a noiva do Cordeiro. Está escrito:"Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo." A água indica a "lavagem por meio da palavra", ou seja, a "lavagem do novo nascimento". E do sangue de Jesus Cristo – Sua vida derramada – surgiu a noiva do Cordeiro. Você já faz parte da noiva do Cordeiro?

sábado, 16 de março de 2019

Como devemos enfrentar a iniquidade?

Daniel Lima
Semana passada, o país foi tomado por pelo menos duas polêmicas que atingiram o mundo evangélico. De um lado nosso presidente compartilhando um ato indecente (perdoem-me os que entendem aquela encenação como arte). Muito embora sua intenção declarada era mostrar sua indignação, o resultado foi um tumulto que obscureceu seu intuito. A segunda polêmica foi a apresentação da escola de samba Gaviões da Fiel em São Paulo, em que um ator vestido de Satanás derrota um ator vestido de Cristo.
Segundo aqueles que realizaram a encenação obscena, o propósito era mesmo chocar, assim como a outra que foi blasfema. Em minha opinião, ambas são lamentáveis e até mesmo repugnantes, mas simplesmente retratam o que nossa sociedade tolera e, em vários momentos, até mesmo apoia. No entanto, por que estamos tão surpresos como cristãos? O que esperávamos de uma festa como o carnaval? Ou ainda mais: será que esses foram os atos que mais ofenderam a Deus? O que dizer sobre a violência contra mulheres, sobre prostituição infantil, sobre abuso de substâncias ou turismo sexual?
Nem por um momento estou tentando diminuir a gravidade do que foi veiculado, seja por nosso presidente, seja em uma passarela de Carnaval. No entanto, me parece que alguns cristãos ainda não se deram conta de que vivemos em uma sociedade não cristã. Nosso povo não é um povo pacífico (62.517 mortes violentas em 2016), não é um povo que valoriza uma vida familiar harmoniosa (221 mil queixas de violência doméstica em 2017), não é um povo que se caracteriza por discrição na área sexual (não vou nem apresentar números...) e, por fim, não é uma sociedade transformada pelo cristianismo. O “cristianismo” brasileiro é superficial, ritual e nominal.
Quando a igreja primitiva invadiu o mundo no primeiro século, aquela cultura se caracterizava pela imoralidade, pela injustiça social, pela falta de proteção de vulneráveis e por um paganismo institucionalizado.
Um dos equívocos da igreja ocidental é crer que de alguma forma nossa sociedade e nossa cultura são cristãs. Com isso usamos argumentos cristãos para tentar conter os abusos da própria sociedade. Houve uma época em que a cultura tinha um certo respeito (ainda que superficial) pelas verdades cristãs, mas este tempo já passou. Hoje vivemos em uma sociedade pagã, em muitos sentidos semelhante ao mundo greco-romano do primeiro século.
Esta perspectiva não deveria nos desanimar, mas indicar o verdadeiro contexto no qual vivemos e lutamos. Quando a igreja primitiva invadiu o mundo no primeiro século, aquela cultura se caracterizava pela imoralidade, pela injustiça social, pela falta de proteção de vulneráveis e por um paganismo institucionalizado. Ainda assim, aquele movimento desorganizado, imaturo e sem recursos “virou o mundo de pernas para o ar”. A confiança da igreja primitiva não estava em seu status perante a sociedade, não estava nas leis ou no respeito por suas instituições. Sua confiança estava no testemunho de vidas transformadas apesar do desprezo, hostilidade e perseguição em que viviam.
Como reagir então a uma sociedade que é hostil à nossa fé? Como apresentamos Cristo diante daqueles que não compartilham – na verdade até se opõe – ao que cremos? Como proclamar nossa fé em meio ao império das trevas? Novamente corremos para a Bíblia buscando orientação. Quando Jesus enviou os doze discípulos em sua primeira viagem missionária, suas palavras foram diretas e contundentes, tanto quanto ao que iriam enfrentar como quanto à instrução oferecida.  Mateus 10.16-20.
É curioso que a ilustração de Jesus não é a de que somos como valentes cães pastores que enfrentam os lobos pagãos. Sua escolha foi o exemplo de ovelhas, que têm como característica mais conhecida sua mansidão. Sua mansidão não é devido à passividade delas, mas à postura de que sua defesa depende do pastor de suas almas.
O contraste “serpentes x pombas” é muito curioso e instrutivo. A atitude da serpente é descrita como “prudente”. Esta palavra no original é geralmente usada no sentido positivo de cuidado, sabedoria ou discrição. Assim, por um lado devemos ser cuidadosos, sem buscar aparecer ou impressionar por nosso próprio poder. Por outro lado, somos chamados a estar no mundo sem malícia, sem jogo sujo, sem mentiras ou manipulações da verdade.
Jesus não esconde que somos vulneráveis e que seremos injustiçados. Ele não esconde que a própria lei será usada contra nós. Ele afirma que a sociedade será hostil contra nós. No entanto, sua ênfase está em nossa postura quando formos levados diante de autoridades. Nesse contexto não devemos nos preocupar com o que dizer, pois nossa vitória não está em argumentos astuciosos. O próprio Espírito Santo falará por nosso intermédio. Quando formos confrontados quanto à nossa fé, quando formos constrangidos a nos manifestar, nosso papel é falar o que o Espírito Santo nos der para falar.
Em resumo:
  1. Não devemos ser combativos, mas cuidadosos e sem malícia, preservando a Palavra de Deus sem hostilidade (ver Filipenses 2.14-16);
  2. A sociedade se voltará contra nós, seremos injustiçados e perseguidos (ver João 16.33);
  3. Nossa resposta deve ser espiritual e não conforme as discussões deste mundo (ver 1Pedro 3.15-16).
Minha oração é que tanto eu como você estejamos prontos a explicar a razão de nossa fé, mas, como instruiu Pedro, fazendo isso com mansidão e respeito. Que sejamos conhecidos pelo Espírito que habita em nós e não por nossa sagacidade e articulação.

O VOTO

Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, Atos 5:1

O interessante sobre o voto, geralmente é realizado na ora mais intensa da vida, por motivação de vencer um grande desafio ou por ter sido cercado de uma expectativa instantânea. justamente é neste momento que muitos se antecipam e fazem o voto na maioria das vezes sem pensar no momento seguinte.
Acredito que esse foi o voto impensado de Ananias e Safira, logo após venderem a propriedade veio a reflexão juntamente com o arrependimento e a trama ou farsa para cometerem a grande e pior mentira de suas vidas tentar enganar quem não dorme o Espírito Santo de Deus, por causa de costumes humanos de sempre passar a perna em alguém o que vemos desde a antiguidade podemos até pensar que driblar situações de erros cometidos pode acabar sendo costumeiro ou até um vício irreparável, sempre querer sair por cima não importa o que seja feito, perder é uma palavra difícil para aceitar.
Difícil é dizer para se pensar antes de votar, pois existem votos que fazemos em diversas áreas de nossas vidas desde nosso nascimento, tem até aqueles votos que alguém faz para nós termos que cumprir, um desses é o voto dado por Deus aos pais de Sansão (Juízes 13).

segunda-feira, 11 de março de 2019

Verdades

"Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti." (Salmo 119.11)
Guardar a Palavra do Senhor é o único meio de ficarmos imunes às tentações que Satanás lança em nosso caminho para nos fazer cair. É a Palavra fiel do Senhor, guardada em nossos corações, ocupando nossas mentes e influenciando todas as nossas atitudes cotidianas que fará com que possamos ficar firmes em uma época que parece tão propícia para nos afastarmos do Senhor. "...As palavras que eu vos tenho dito, são espírito e são vida." Essa passagem bíblica nos proporciona toda a plenitude de Deus, pois Cristo mesmo é o Verbo feito carne, e "nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade." O profeta Ezequiel foi desafiado a comer a Palavra.
Cada vez que comemos do pão que o Senhor nos dá, como em Rute 2.14 "...ela comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou", nos sentimos saciados e fortalecidos espiritualmente, assim como nos sentimos fisicamente bem depois de uma farta refeição. Somos preenchidos com a verdade do Senhor, que Cristo nos revela através da Sua Palavra. Nosso coração encontra paz através das palavras de Jesus, pois Ele mesmo é o alvo de nosso amor e de nossa ansiedade. Nossa esperança é satisfeita, pois em que outro deveríamos esperar senão nAquele que nos fala? Que coisa maior poderíamos desejar, nós que somos tentados, do que nos voltar para a Palavra de Deus, a fim de termos mais de Cristo?!

sexta-feira, 8 de março de 2019

Verdades

"...E o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora." (João 6.37)
Foi o Senhor Jesus que pronunciou essas palavras poderosas e que são válidas para sempre. Elas se encontram incluídas em Seu grande sermão onde diz aquilo que Ele é: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome; e o que crê em mim, jamais terá sede." E então, no versículo seguinte, o Senhor lamenta que as pessoas não queiram crer nEle. E, no fim de Seu sermão, Ele se refere a Seu Pai e faz essa grandiosa promessa: "...o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora." Não é estabelecido um limite para a validade dessa promessa! Pois Ele não diz algo mais ou menos assim: "Não lançarei fora um pecador que vem a mim pela primeira vez". Ele não impõe condições, mas diz: "...o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora." Com isto, o Senhor quer dizer que não rejeitará ninguém que venha até à Sua presença, seja pela primeira vez ou seja alguém que esteja retornando a Ele. E assim Ele agirá até o fim. Se o crente, depois de ter vindo a Jesus, pecar moralmente, o que acontece? A promessa de Jesus de que não nos deixará está protegida por todos os lados, pois o próprio João escreve na sua primeira carta: "Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo."

domingo, 3 de março de 2019

Verdades

"Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome." (Apocalipse 3.8)
A quem o Senhor deu essa porta aberta? Àquele que tem pouca força! Essa é uma mensagem cheia de esperança para todos aqueles que a necessitam e que se sentem fracos! Apodere-se do poder do Espírito para ter um atraente testemunho de vida! É a maneira de Deus glorificar-se na fraqueza! Pense nisso, você, que tanto anseia por força e pela sensação de poder! Muitas vezes pedimos o contrário daquilo que Deus quer nos dar: "...porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." Ou: "Ele me abateu a força no caminho." Por que o Senhor não quer contar com a nossa própria força? Porque as nossas forças só produzem coisas temporais. Mas o poder do Senhor produz coisas eternas. Por isso precisamos nos tornar fracos já que a nossa própria força é um empecilho para que o poder e a força de Deus se manifestem em nossas vidas.
Essa porta aberta Ele também dá àqueles que permanecem na Sua palavra. São pouquíssimos os que permanecem fiéis à Bíblia toda! Mas o que diz o Senhor? "...Mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." Você está disposto a ser julgado cada vez mais profundamente pela Palavra? Deus não espera que você seja forte, Ele espera obediência!

sábado, 2 de março de 2019

Qual o “problema” do carnaval?

E pensar que o carnaval significa “adeus à carne” e tem uma ligação direta com o cristianismo...
Por Luiz Fernando dos Santos
 
“Por isso, o Senhor me retribuiu segundo a minha justiça conforme a pureza das minhas mãos, na sua presença” (Sl 18.24).
 
O Carnaval possui uma estreita ligação com o cristianismo ocidental. No início era um festival que ocorria no tempo conhecido como ‘Septuagésima’, uma espécie de pré-quaresma ou despedida do tempo ordinário. 
 
Carnaval, significa etimologicamente, ‘adeus à carne’, uma despedida dos excessos da comida, bebida, entretenimento e tudo o mais que possa tirar a atenção daquelas coisas mais elevadas da religião. Era um tempo de despedida para o início da quaresma com os seus jejuns, abstinências, penitências e longas vigílias e mórbidas devoções ao Cristo sofredor. 
 
Nos países de tradição protestante esse festival acontece na última semana antes do Advento, tempo que prepara as comemorações do Natal do Senhor Jesus. Com o passar do tempo o carnaval foi perdendo a sua conexão com o cristianismo e se tornou não a festa do ‘adeus à carne’, mas a festa ‘Da Carne’ propriamente dita. 
 
Nesses dias do reinado de Momo (uma personagem da mitologia grega tomada emprestada para o Carnaval), o mundanismo mostra sem desfaçatez a sua face mais escrachada. Todos os papéis são invertidos ou ridicularizados. Os homens se vestem como mulheres e as mulheres se fantasiam com bigodes e outros acessórios. Figuras de autoridade como autoridades públicas, religiosos, religiões, são reduzidos a formas caricatas e escarnecidos em prosa, verso e marchinhas.
 
 O que dizer da sexualidade humana distorcida e coisificada? O que falar do atrevimento pornográfico e a exibição a céu aberto dos caprichos mais decaídos e das paixões mais rasteiras dos ímpios desfilando sob os aplausos da multidão, igualmente ímpia? Sem falar do consumo desinibido de drogas e bebidas alcóolicas. 
 
Evidentemente que muita gente apenas quer brincar, se divertir, ter uns dias de alegria inocente e saudável junto dos familiares e amigos e contra isso, não há quem possa protestar. Mas, o estado geral das coisas concorrem para que o cristão dê ouvidos aos santos apóstolos do Cordeiro, especialmente aqui: “Amados, peço a vocês, como peregrinos e forasteiros que são, que se abstenham das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, tendo conduta exemplar no meio dos gentios, para que quando eles os acusarem de malfeitores, observando as boas obras que vocês praticam, glorifiquem a Deus no dia na visitação” (1Pe 2.11-12) e ainda: “Temo que, assim como a serpente, com a sua astúcia, enganou Eva, assim também a mente de vocês seja corrompida e se afaste da simplicidade de Cristo” (2Co 11.3). 
 
Especialmente nesses dias precisamos fazer uma aliança com os nossos sentidos e não nos permitir buscar e encontrar prazer naquilo que o mundo festeja. Devemos nos recordar a que de fato fomos chamados: “Pois Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1Tes 4.7) e qual é a vontade do Senhor para as nossas vidas: “Pois a vontade de Deus é a santificação de vocês: que se abstenham da imoralidade sexual; que cada um de vocês saiba controlar o próprio corpo em santificação e honra, não com desejos imorais, como os gentios que não conhecem a Deus” (1Tes 4.3-5). 
 
Que a nossa alegria consista na santidade de Deus, na perfeição de sua Lei, na Salvação realizada por Cristo, na comunhão dos santos e na expectativa da vida gloriosa na eternidade.
 
• Rev. Luiz Fernando dos Santos é Ministro na Igreja Presbiteriana Central de Itapira, casado com Regina, pai da Talita. É coordenador do Departamento de Teologia Pastoral do Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas e professor. É professor de Teologia Histórica, Filosofia e Teologia no Seminário Teológico Servo de Cristo em São Paulo.

O NAVIO DO EVANGELHO

Passam como navios veleiros, como águia que se lança a comida”. Jó 9:26
Para definir a brevidade, Jó assemelhou sua vida a um correio, isto é: um corredor, a um navio e a uma águia. Ele observou os corredores em sua pressa diária de levar e trazer mensagens e disse: “meus dias são mais velozes do que um correio. Ele viu os navios saindo do porto com suas cargas para outro porto mais distante e disse: “Meus dias passam como navios veleiros”. Ele viu a águia caindo sobre sua presa e disse: “Meus dias passam como águia que se lança a comida”. E nós, os Jós modernos, podemos olhar um navio quando singra do oceano ou um avião que o atravessa em horas em vez de dias, ou o trem elétrico quando corre através do continente e comparar nossos dias a estas coisas.
Vamos pensar sobre a vida como uma viagem através do oceano do tempo até as praias da eternidade. Todos embarcamos no mar da vida, e ninguém sabe quão perto está o porto de desembarque. Muitos dos movimentos de nossas tropas hoje estão sob ordens secretas. Nossos soldados navegam em alto mar sem saberem onde, nem quando, chegarão ao porto de desembarque. A humanidade é algo assim: multidões que não sabem onde vão, e nenhum de nós sabe quando vai desembarcar.
Cada um de nós tem que fazer esta viagem. Estamos aqui no oceano do tempo e não podemos se quisermos, voltar para desfazer a nossa embarcação que começou com nosso nascimento. O suicídio é uma coisa tão tola, que muitos acreditam que cada suicida é um desequilibrado. A morte não é uma evasão da existência, é desembarcar nas praias da eternidade. Podemos não ter que ir à praia, nem às montanhas, mas temos que fazer esta viagem no mar do tempo.
A viagem é difícil e o tempo as vezes está tempestuoso. Há fortes ondas de tentação, tempestades tropicais que ameaçam nos tirar do curso certo e nos jogar na ilha solitária do desespero. O mar está infestado de tubarões da concupiscência carnal que devoram as almas.
A necessidade de cada um é um navio que seja capaz de nos levar ao porto celestial e um piloto que conhece o caminho em qual nós temos que viajar. É necessário que todos examinem seu navio, e reexaminem para ver se é seguro. Religiosamente falando, a humanidade está dividida em muitos grupos os quais navegam em muitos navios. Muitos são enganados quanto a condição do navio em que estão. Pensava-se “O TITANIC” era um ótimo navio mas ele bateu numa montanha de gelo flutuante e afundou. Os passageiros sentiam-se seguros, mas não estavam. Homem nenhum é salvo porque sente assim. A salvação não será nos sentimentos, ela está em uma pessoa. Um perdido pode ter melhores sentimentos do que um salvo. Os sentimentos, por necessidade, são baseados no que a pessoa crê. Os ateus crêem que não haja Deus, e por isso não tem medo do julgamento nem do inferno. Se um deles está bem firmado no que crê, então seus sentimentos tendem a ser bons, pois não há Deus para temer, nem inferno do qual escapar. A pessoa salva tem sentimentos misturados. Quando ela pensa em si e no que fez vai sentir-se mal, mas quando pensa em Deus e o que Ele fez então se sente salvo e pode cantar:
Desde a glória dos céus
O Cordeiro de Deus
Ao Calvário humilhante baixou;
E essa cruz tem para mim
Atrativos sem fim,
Porque nela Ele me resgatou.
Há muitos navios enganosos, todos pintados e enfeitados com lantejoulas brilhantes. “Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte”, Provérbios 16:25. As aparências enganam. A aparência exterior não é tudo. Nem tudo que reluz é ouro.
Spurgeon, fazendo o papel de John Ploughman, disse: “Como regra, o menino menor carrega o volume maior, e aquele que se gaba mais tem menos, e o que tem menos sabedoria é mais vaidoso”.
Vamos dar uma olhada em alguns desses navios enganadores:
O NAVIO “NÃO HÁ DEUS”
Todos neste navio são tolos pois o tolo diz em seu coração: “Não há Deus”, Salmo 14:1. Os ateus dizem que são muito inteligentes, andam de cabeça erguida como uma galinha bebendo água, mas na realidade não há nada neles.
O NAVIO “NÃO EXISTE INFERNO”
Os que estão neste navio são sábios a seus próprios olhos. Provérbios 12:15. Eles dizem que não podemos entender as palavras. Dizem que alma significa respiração, que inferno significa túmulo, e que tudo o que há no homem é aquilo que se pode ver.
O NAVIO DO “CARÁTER E BOAS OBRAS”
As pessoas neste navio são gabolas. Seus trapos imundos da justiça própria estão perfumados com sua vanglória. Este navio está desde já destinado a parar em um porto errado, pois aqueles que cantam louvores a si não tem permissão de quebrar a harmonia do céu com seu pecado. Quem fala todo tempo sobre si mesmo tem um assunto muito tolo e vai aborrecer e cansar a todos ao seu redor. Diante da honra vai a humildade, mas um tolo gabola cairá e poucos se oferecerão para levantá-lo. Provérbios 16:18.
OS NAVIOZINHOS DO “FANATISMO”
Há quem diga que a salvação está em sua igreja ou denominação. Cada denominação diz que a salvação está em sua igreja. Sou batista daqueles bem antigos, mas nunca disse a ninguém que se tornasse membro de uma igreja batista para ser salvo.
É O NAVIO DO “EVANGELHO”
Vamos olhá-lo e descrevê-lo.
Ele é capaz de navegar. Os passageiros estão salvos de qualquer perigo. As ondas fortes da tentação não os varrerá do convés. Ele não deixará que sejam tentados além do que podem suportar. E estão salvos de todas as adversidades pois nada os separarão do amor de Cristo! Estão salvos da montanha de gelo flutuante da fria indiferença, pois Deus que “começou neles a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo”. Filipenses 1:6. Estão salvos de serem jogados ao mar pela mão da justiça, porque Cristo se fez a propiciação por seus pecados.
A passagem é a mesma para todos e não há redução de preço. É muito cara. O ouro e a prata não podem comprar uma passagem para este navio. Ela tem que ser paga com a moeda da justiça. Ninguém, a não ser que pessoas justas, estão neste navio, mas a justiça delas não é o resultado de suas obras, mas o resultado do trabalho consumado de Cristo.
Os passageiros são pobres. Mateus 5:3 diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Mas não são necessariamente pobres nos bens deste mundo (apesar de muitos o serem), mas conscientemente pobres em merecimento. Eles não tem nada com que pagar a passagem e entram neste navio sem dinheiro nem preço, pois tudo já foi pago por outro, Jesus Cristo. O preço foi pago todo caminho até o destino. Não há perigo de ninguém ser largado no meio do oceano. Cada passageiro vai as expensas de outrem – Jesus Cristo!